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Itaipu deixa legado de obras e transforma infraestrutura do Oeste do Paraná

Itaipu deixa legado de obras e transforma infraestrutura do Oeste do Paraná
Nos últimos quatro anos, foram investidos mais de R$ 1,6 bilhão pela margem brasileira da empresa. Turismo e meio ambiente também receberam atenção da binacional, que modernizou a gestão e está promovendo a maior atualização tecnológica da história.


Hidrelétrica de Itaipu. Foto: Alexandre Marchetti / Itaipu Binacional

Movimentação de turistas no Mirante Central de Itaipu. Foto: Alexandre Marchetti / Itaipu Binacional

Recuperação de nascentes. Foto: Alexandre Marchetti / Itaipu Binacional

Ponte da Integração Brasil – Paraguai. Foto: Felipe Oliveira / Video Up

    Nos últimos quatro anos, a margem brasileira da Itaipu Binacional promoveu uma forte transformação na infraestrutura da região Oeste do Paraná, com reflexos positivos para o Brasil e o Paraguai, por meio de investimentos em obras estruturantes da ordem de R$ 1,6 bilhão. São estradas, aeroportos, ponte, hospitais, praças e Ciclovias, que elevaram o território a um novo patamar econômico e social. A alocação desses recursos se deu juntamente com a implantação de uma política de austeridade a partir de 2019, que priorizou a gestão racional do bem público e sua aplicação em projetos que deixassem um legado para a sociedade.

    Entre as obras, se destacam a construção da Ponte da Integração Brasil - Paraguai, a Perimetral Leste, a Estrada Boiadeira, a duplicação da Rodovia das Cataratas (BR-469), as reformas e ampliações no Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, no Hospital Ministro Costa Cavalcanti (HMCC) e no futuro Mercado Público, a revitalização do Gramadão e a implementação do programa Vila A Inteligente – além de diversas outras, que representam um novo marco desenvolvimentista para a Tríplice Fronteira e o Paraná.

    Com esses investimentos, Itaipu cria oportunidades de emprego e renda, além de viabilizar uma nova estrutura para a região Oeste do Estado, alinhada com sua missão de gerar energia limpa e renovável, com responsabilidade socioambiental e promoção do desenvolvimento sustentável no Brasil e no Paraguai.

Gestão

    Paralelamente, a empresa segue as melhores práticas de gestão do mercado. Próxima de completar 50 anos da assinatura do Tratado que a criou, a usina conta com uma gestão moderna, preparada para atuar em um mercado de energia elétrica cada vez mais complexo, dinâmico e competitivo.

    Uma das marcas foi a adoção de Diretrizes para o Aprimoramento da Gestão, voltadas à melhoria do relacionamento binacional; ao benchmarking com outras empresas do setor elétrico; à melhoria do planejamento estratégico; à redução de custos; ao mapeamento de processos; à gestão das pessoas, entre outras medidas também direcionadas à gestão das fundações responsáveis pelo Hospital Ministro Costa Cavalcanti, o Parque Tecnológico Itaipu (PTI) e fundo de pensão (Fibra).

     A diretoria também lançou uma campanha voltada a incrementar a cultura organizacional baseada em ideias-força: proatividade, meritocracia, gestão racional com austeridade, imagem institucional e binacionalidade. Nesse contexto do aprimoramento da gestão, a binacional adotou o Orçamento de Base Zero (OBZ), deixando de praticar o planejamento orçamentário a partir de exercícios anteriores e passando a planejar cada despesa, como diz o nome, a partir do zero. Com essa metodologia, a margem brasileira concluiu o trabalho de adequação das demandas orçamentárias do próximo quinquênio (2023-2027).

    Ainda no campo econômico-financeiro, a Itaipu promoveu a primeira redução tarifária desde 2009. A tarifa foi reduzida em 8,2%, permitindo a redução da conta de luz do consumidor da energia gerada pela usina.

Produção

    Em 2022, a Itaipu atingiu a marca de 2,9 bilhões de megawatts-hora de produção acumulada, uma conquista sem paralelo no mundo. É tanta energia que seria suficiente para iluminar o planeta por 46 dias. Além da produção singular, a usina teve importante contribuição no enfrentamento à maior crise hídrica que o sistema brasileiro atravessou nos últimos 91 anos, em 2020/2021, que implicou também na mais rigorosa escassez hídrica desde o início da operação da hidrelétrica, em 1984.

    Para tanto, a usina priorizou, naquele momento, a maximização da sua produtividade, que teve recordes sucessivos. Nos últimos três anos, essa ação proporcionou um ganho de produção da ordem de 3,5% em cada ano. Isso foi possível graças ao aprimoramento contínuo da gestão de ativos e dos processos de operação e manutenção da usina, o que permitiu otimizar a produção de modo a aproveitar ao máximo a água disponível e os ativos da central. Também foi fundamental a coordenação com os sistemas brasileiro e paraguaio.

    Mesmo com a expansão das fontes renováveis intermitentes, como solar e eólica, Itaipu segue tendo um papel fundamental para os setores elétricos brasileiro e paraguaio, pois além de gerar muita energia, passa também a cumprir o papel de reserva estratégica, ajudando a garantir o fornecimento de energia nos momentos do dia em que a demanda não pode ser atendida por outras fontes (na ausência de vento ou luz do sol, por exemplo), contribuindo assim para a maior segurança energética do Brasil e do Paraguai.

    Para assegurar a continuidade dessa importância estratégica, uma das principais ações nos próximos anos é o Plano de Atualização Tecnológica (PAT), o maior e mais complexo projeto desde a própria construção da usina. Em março de 2022 foi assinado o primeiro contrato do PAT, com o Consórcio Modernização de Itaipu (CMI), e em maio foi emitida a ordem de início de execução. O projeto completo prevê uma década de serviços, com investimentos de cerca de US$ 1 bilhão.

    A barragem da usina hidrelétrica também segue segura. A conclusão é do Board Internacional de Consultores Civis, que voltou a se reunir em 2022. O grupo, criado na época da construção de Itaipu, reúne alguns dos mais experientes profissionais do mundo no tema engenharia de grandes barragens. Após a conclusão do empreendimento, o Board passou a fazer encontros quadrienais para a analisar o desempenho das estruturas civis da hidrelétrica binacional.

Sustentabilidade

    Todas as ações da empresa se orientam por um criterioso cuidado com o meio ambiente. Em 2021, Itaipu atingiu a marca de 24 milhões de árvores plantadas nas áreas protegidas da margem brasileira. O trabalho ganhou o reconhecimento da Unesco, que declarou os 100 mil hectares de áreas protegidas em ambas as margens como Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. Em conjunto, as áreas protegidas da binacional sequestram quase 6 milhões de toneladas de carbono por ano (30 vezes mais do que a emissão da usina).

    Itaipu também atua na implementação dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que fazem parte da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Esse trabalho inclui ações voltadas a pescadores, indígenas e agricultores familiares, cuidados com a água e a biodiversidade, enfrentamento das mudanças climáticas, além da própria geração de energia limpa e renovável que é a atividade-fim da usina.

    A partir dessas ações, a binacional firmou uma parceria com o Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU (Undesa), que gerou a Rede Global de Soluções Sustentáveis em Água e Energia, com cerca de 30 organizações de várias partes do mundo. A parceria também possibilitou a realização do primeiro Simpósio Global de Água e Energia, que a Itaipu sediou em junho de 2022.

    Essa experiência internacional motivou a escolha da Itaipu para receber, em 2024, a 15ª Reunião Ministerial de Energia Limpa (“Clean Energy Ministerial”, CEM), a 9ª Reunião Ministerial da “Missão Inovação” (“Mission Innovation”, MI) e o Ministerial do G20 Energia, como reconhecimento por sua colaboração em tornar a matriz energética brasileira cada vez mais limpa.

    No contexto regional, a empresa reforçou o relacionamento institucional, por meio da Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (Amop), o Conselho de Desenvolvimento dos Municípios Lindeiros, o Conselho de Desenvolvimento de Foz do Iguaçu (Codefoz), a Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu (Acifi), o Sindhotéis e o Fundo Iguaçu.

    Em quatro anos, foram atendidos, nos 55 municípios de atuação de Itaipu, 209 projetos de associações beneficentes, instituições filantrópicas, Apaes, associações esportivas e demais organizações da sociedade civil. Os projetos possuem objetivos variados, como instalação de painéis solares, pequenas reformas, aquisições de mobiliário, equipamentos, alimentos, utensílios e atendimento a situações emergenciais.

    Considerando o perfil turístico de Foz do Iguaçu, foi ampliada a Gestão Integrada do Turismo, apoiando a atração de visitantes com campanhas promocionais, como a “Vem pra Foz!” e o Natal Águas e Luzes, um novo atrativo dentro do portfólio da fronteira. Outro investimento importante é a implantação do Museu de Arte Internacional, em colaboração com o Centro Nacional de Arte e Cultura George Pompidou, de Paris, e o Governo do Estado do Paraná. São iniciativas que impulsionam o turismo e contribuem para movimentar o comércio, incrementar o setor de serviços, gerar emprego e abrir novas oportunidades de negócios.

    No dia 21 de dezembro, em reunião no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu, o Codefoz, com a presença do prefeito Chico Brasileiro e de representantes de várias entidades da sociedade civil, a Itaipu comunicou a conclusão das obras do Mercado Municipal; também foram entregues os anteprojetos da Avenida Beira Foz e anunciada a elaboração dos respectivos projetos executivos.

    Os últimos quatro anos foram de conquistas, mas também de superação de desafios. Como o enfrentamento da pandemia da covid-19, quando Itaipu foi protagonista, ao investir R$ 80 milhões em diversas ações para ajudar a combater e a mitigar os efeitos do flagelo do vírus.

    Com esta ampla gama de ações nas diversas áreas de atuação da Itaipu, o período 2019-2022 foi não apenas da construção de um legado para as futuras gerações, mas de preparação para que a empresa siga cumprindo com seu papel estratégico para o desenvolvimento sustentável do Brasil e do Paraguai.

A Itaipu

    Com 20 unidades geradoras e 14 mil MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, 2,9 bilhões de MWh. Nos últimos 12 meses, foi responsável por 8,6% do suprimento de eletricidade do Brasil e 86,3% do Paraguai.

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